quinta-feira, 29 de março de 2012

Espanha faz greve geral contra reformas trabalhistas (Postado por Lucas Pinheiro)

A Espanha enfrenta nesta quinta-feira (29) uma greve geral de 24 horas contra as reformas trabalhistas propostas pelo governo. Os sindicatos espanhóis destacam a adesão “em massa”. Segundo informações das agências de notícias, trabalhadores fazem piquetes em frente às empresas.

Grupos sindicalistas foram às ruas e protestaram em frente as empresas e às estações de transporte público. De acordo com informações do governo espanhol, 33 pessoas foram detidas e cinco policiais ficaram feridos em incidentes menores.

Em Madri, uma mulher foi atropelada por um carro de polícia. Os policiais estavam em alta velocidade e iriam ajudar a controlar um incêndio causado por grevistas.

Os sindicatos espanhóis União Geral de Trabalhadores (UGT) e Confederação Sindical de Comissões Operárias (CCOO) destacam a adesão 'em massa' à greve durante as primeiras horas da paralisação, que começou à 0h (19h de quarta em Brasília).

UGT e CCOO sustentam que a greve é “total” nas principais obras de infraestrutura e nas indústrias de materiais de construção.

Além disso, os dois sindicatos asseguram que “praticamente todos os trabalhadores” do setor metalúrgico estão apoiando a greve e acrescentam que não houve incidentes dignos de menção nestas primeiras horas.

Segundo os sindicatos, o mesmo “acompanhamento em massa” é observado no turno da noite dos serviços de coleta de lixo, correios e hospitais.

Quanto à mídia da Espanha, as primeiras horas da greve deixaram sem transmissão várias emissoras autônomas, enquanto o UGT celebra a adesão de rádios e televisões públicas.

A provisão de energia elétrica alcançava 20.245 megawatts às 3h, 17% abaixo do nível registrado na mesma hora da última quinta.

Os voos programados operam até agora com normalidade, segundo informou a entidade aeroportuária Aena.

A greve geral é a sexta desde o restabelecimento das liberdades sindicais em 1977. Uma centena de manifestantes está convocada a protestar em todo o país.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Idosa brasileira retida na Espanha chega a São Paulo (Postado por Lucas Pinheiro)

A aposentada Dionísia Rosa da Silva, de 77 anos, que ficou retida no aeroporto de Barajas, na Espanha, quando tentou entrar no país ao lado da neta, chegou a São Paulo nesta quinta-feira (8). Dionísia pretendia visitar os familiares e estava desde segunda (5) no aeroporto de Madri. A embaixada da Espanha no Brasil disse que Dionísia não pode entrar no país porque a filha dela mora lá em situação ilegal.

“Esses três dias lá foram de amargura. Eu estava agoniada, chateada, não estava comendo, não estava dormindo. Meus braços amanheceram tão fininhos, só tinha pele. Eu disse: ‘meu Deus, estou me acabando nessa prisão’”.

A embaixada espanhola no Brasil se defendeu. “O tratamento que as autoridades espanholas dão no aeroporto de Madri, em Barajas, é um tratamento bom, adequado”, disse o conselheiro de negócios da embaixada, Juan José Buitrago.

De acordo com o consulado, que diz ter acompanhado todo o processo, a filha e genro de Dionísia "residem na Espanha de forma ilegal e têm ordem de expulsão", e, portanto, "não puderam ir a uma delegacia para fazer a 'carta-convite' que é exigida para que um estrangeiro que vá se alojar em casa de parentes possa entrar na Espanha".

Ainda segundo o consulado, "foram oferecidas pelas autoridades espanholas duas possibilidades: ou comprar passagem para volta imediata, ou esperar pelo próximo vôo da Air China (pela qual tinha vindo) dentro de três dias, ou seja, até hoje pela manhã, sem custo adicional. Segundo as autoridades, ela preferiu a segunda opção, e retornou hoje (dia 8) pela manhã."

O Ministério das Relações Exteriores informou ao G1 que Dionísia não cumpriu com alguns requisitos exigidos pela Espanha a brasileiros que desejam entrar no país, apesar de o visto não ser obrigatório.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Imigração espanhola retém brasileira de 77 anos em aeroporto (Postado por Erick Oliveira)

A imigração espanhola mantém retida há três dias no aeroporto de Madri uma idosa brasileira que pretendia visitar familiares na Espanha. Desde segunda-feira (5) Amanda de Oliveira só consegue conversar com a avó, Dionísia Rosa da Silva, de 77 anos, pelo telefone. Dionísia partiu com a neta do aeroporto de Cumbica, em São Paulo, no domingo. "Chegamos em Madri era 8h de segunda-feira, numa boa, feliz e contente”, conta Amanda.
Mas na hora de passar pela imigração no aeroporto de Barajas, as duas foram chamadas por funcionários. “Aí ele perguntou: 'você tem documentação?' Dei a passagem dela de ida e volta. Eu dei tudo. Ele viu a data, tudo certinho e pediu a carta de invitação. Eu falei que ela estva acompanhada comigo. E 'hotel, você tem reserva de hotel?', Não, 'ela vai ficar na minha casa'. 'Então nesse caso ela tem que passar numa entrevista'”, relembra Amanda.
A avó de Amanda não saiu mais do aeroporto. “Meio-dia, 14h, dão o almoço; 21h, dão a janta. Aí vende o café com euros. Eu não compro não, não vou dar dinheiro para esse povo”, conta Dionísia, por telefone.
Casos como o de Dionísia levaram o governo brasileiro a adotar medidas de reciprocidade. As autoridades da Espanha já foram avisadas que os turistas espanhóis receberão o mesmo tratamento dado aos turistas brasileiros. A partir de abril, quem vier para o Brasil e não comprovar que tem dinheiro para gastar e lugar para ficar pode ser obrigado a se hospedar no aeroporto, até o voo de volta.
O Itamaraty diz que o consulado do Brasil, em Madri, está acompanhando desde terça-feira (6) o caso da Dionísia. O Itamaraty afirma que a idosa chega ao Brasil nessa quinta-feira (8). Mas a família diz que não recebeu qualquer informação sobre o retorno dela.
A preocupação é com a saúde da aposentada, que já sofreu um derrame. “Eu estou sentindo um pouco de coluna, porque o banco é de madeira e dói os ossos. Chateada pela ocorrência que está acontecendo, mas tudo bem”, fala Dionísia.

quinta-feira, 1 de março de 2012


Dilma: ‘tsunami monetário’ dos ricos é ‘perverso (Josias de Souza)





Dilma Rousseff discursou para uma plateia de empresários da construção civil e da indústria pesada, no Planalto. Criticou o modo com os países ricos lidam com a crise internacional. De um lado, “rigidez fiscal” que sufoca os investimentos. De outro, uma “política monetária absolutamente inconsequente”.
O resultado, disse Dilma, é o “tsunami monetário” que despeja “4,7 trilhões de euros no mundo.” Sem mencionar as nações que critica, a presidente tachou de “perversas” as práticas. Por quê? “Impicam na canibalização dos mercados dos países emergentes” como o Brasil.
Defendeu a adoção de medidas defensivas. O discurso de Dilma soou no dia em que governotaxou em 6% os empréstimos contraídos no exterior com prazos inferiores a três anos. A alíquota começou a vigorar neste 1º de março.