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Prostituta afirma ter recebido R$ 22 mil para fazer sexo com Berlusconi
Em entrevista ao programa de TV Annozero, da rede pública RAI, Nadia afirmou na noite desta quinta-feira (20) que dois amigos do primeiro-ministro (Lele Mora e Emilio Fede) também estavam presentes, descreveu o jornal.
- Entrei na casa de campo em Arcore e havia apenas uma menina esperando. Tinha a pele escura, tipo indiana [referindo-se à modelo marroquina Ruby, pivô de outro escândalo], muito bonita. Ficamos juntas na sala e logo depois chegaram Lele Mora, com cinco, seis brasileiras, todas também muito bonitas.
Berlusconi ficou nu na festa
Na entrevista, Nadia descreveu como foi o encontro com Berlusconi.
- Após o jantar, fomos para uma espécie de sala privada onde havia uma discoteca. Estávamos todos lá e começamos a dançar e a tirar as roupas. Fede e Mora estavam sentados, observando, enquanto nos divertíamos. Em seguida, fomos nadar na piscina, onde se juntou o primeiro-ministro, que estava nu.
Em meio ao burburinho causado pelo escândalo do caso Ruby – que participou de festas promovidas pelo chefe de governo quando ela era menor de idade - o jornal Il Giornale, favorável ao primeiro-ministro, relatou nesta sexta-feira que o programa Annozero cometeu uma "grave violação da privacidade".
Segundo a publicação, no programa desta quinta-feira à noite, dedicado ao caso Ruby, foram expostos os sete primeiros dígitos do suposto número de telefone celular de Berlusconi.
O fato teria ocorrido quando foi mostrada a imagem da agenda telefônica pessoal da prostituta Nadia Macri, cujo nome veio à luz em novembro, ocasião em que afirmou ter mantido relações com o político em troca de cerca de R$ 22 mil (10 mil euros).
A Promotoria de Milão investiga Berlusconi por um suposto crime de incitação à prostituição de menores pelo caso Ruby.
Jovens que participaram de festa são despejadas
As jovens que participaram das festas do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, e que supostamente haviam recebido em troca alojamento em um complexo residencial de Milão construído pelo grupo empresarial do governante, foram despejadas após o escândalo do chamado caso Ruby, de acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira pelos jornais Corriere della Sera e La Repubblica.
Segundo as publicações, a administração do imóvel pediu às jovens que saíssem em um prazo de oito dias por motivos de "decoro". O Corriere della Sera publicou as declarações de uma das meninas, Barbara Guerra, sobre o despejo.
- Tenho aqui uma carta da imobiliária. Isto é absurdo, incrível, um pesadelo. Eu paguei o aluguel até abril.
O jornal relatou que na carta as jovens são acusadas de "alterar a tranquilidade da vizinhança". O caso veio à tona no dia 15 de janeiro, quando o Corriere della Sera informou que em um interrogatório da Promotoria de Milão com Ruby, a jovem marroquina revelou a existência desta espécie de "quartel-general".